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2025

Os 10 melhores fundos imobiliários em Portugal em 2025

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Se estás a pensar em investir em fundos do mercado imobiliário ou simplesmente obter mais informação sobre cada um dos 10 maiores e melhores fundos imobiliários em Portugal, este artigo é para ti!

Existem alguns fundos que se destacam pela sua dimensão, rentabilidade e pela forma como têm vindo a moldar o mercado imobiliário nacional. Vamos explorar aqueles que têm demonstrado um crescimento sólido, uma gestão eficiente e que podem ser uma boa oportunidade para quem quer diversificar o portfólio e entrar no mundo dos investimentos imobiliários.

Rentabilidade dos 10 melhores fundos imobiliários em Portugal

A seguinte tabela está ordenada por ordem decrescente no que toca à rentabilidade anualizada a 5 anos:

Nome 1 ano 3 anos (anualizado) 5 anos (anualizado)
AF Portfólio Imobiliário 10,27% 6,04% 5,35%
Fundimo 5,85% 5,31% 5,16%
CA Património Crescente 6,93% 5,62% 5,01%
Imonegócios 4,57% 6,48% 4,91%
Imopoupança 5,03% 5,52% 4,39%
IMOFID 5,80% 5,23% 3,90%
VIP 5,09% 3,94% 3,83%
Valor Prime 4,47% 3,91% 3,68%
BPI Imofomento 2,97% 3,30% 3,11%
Property Core Real Estate Fund 5,46% 5,70% -

Dados à data de 31 de Janeiro de 2025 - Fontes: entidades gestoras; DECO Proteste

Os 10 maiores fundos imobiliários em Portugal

Nome Ativos sob gestão (milhões)
CA Património Crescente 1.246
BPI Imofomento 718
Fundimo 666
Valor Prime 392
VIP 380
IMOFID 280
Imonegócios 241
AF Portfólio Imobiliário 168
Property Core Real Estate Fund 120
Imopoupança 79

À data de Novembro de 2024 - Fontes: Morningstar e APFIPP

O que é um fundo de investimento imobiliário?

Os fundos de investimento imobiliário (FII) em Portugal são uma forma de investir em imóveis sem precisar de comprar um imóvel diretamente. Em vez disso, tu compras "quotas" ou "partes" de um fundo que investe em imóveis. Esses fundos gerem o dinheiro de vários investidores para adquirir, desenvolver e administrar propriedades como imóveis residenciais, edifícios de escritórios, centros comerciais, hotéis, entre outros.

Em termos simples, imagina que, em vez de comprares um apartamento para arrendar, decides juntar o teu dinheiro com o de outras pessoas num fundo. Esse fundo compra e gere os imóveis, e tu, como investidor, ganhas uma parte dos lucros gerados com aluguers ou com a valorização das propriedades.

Existem dois tipos principais de fundos imobiliários:

  1. Fundos imobiliários abertos: Permitem-te comprar e vender as tuas quotas quando quiseres, oferecendo maior liquidez. É nestes onde está o foco deste artigo.
  2. Fundos imobiliários fechados: Têm um número limitado de quotas e não permitem resgatar o teu investimento facilmente até ao final do período do fundo. 

As entidades que gerem os fundos são denominadas Sociedades Gestoras de Organismos de Investimento Coletivo (“SGOIC”) e têm por objeto a administração dos referidos fundos no interesse exclusivo dos participantes (os seus investidores) e de acordo com as regras presentes no regulamento de gestão.

Em Portugal, esses fundos são regulados e supervisionados pela CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários).

Análise individual de cada fundo de investimento imobiliário

Nesta secção, iremos fornecer-te um conjunto de informações acerca de cada um dos fundos de modo a ajudar-te a melhor perceber o que significa estar investido nos mesmo.

CA Património Crescente

Característica Descrição
Nome do fundo CA PATRIMÓNIO CRESCENTE - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO ABERTO
Data de lançamento 15/07/2005
ISIN PTSQUBHM0002
Sociedade gestora Square Asset Management - Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A.
Comissão de subscrição 0%
Comissões de gestão 1% + 10% da diferença entre a Taxa Euribor a 12 meses adicionada de 2% e a performance do Fundo
Comissão de resgate Até 364 dias (inclusive): 2%
Entre 365 e 1094 dias (inclusive): 1%
Mais de 1095 dias: 0%
Distribuição de rendimentos Não distribuí (capitaliza)
Entidade comercializadora Crédito Agrícola

Lançado em 2005, o CA Património Crescente é o maior fundo de investimento imobiliário aberto em Portugal com cerca de 1250 milhões de ativos sob gestão.

O fundo tem duas vias principais para gerar rendimento: as rendas recebidas pelos imóveis alugados e a valorização desses mesmos imóveis ao longo do tempo. Os imóveis presentes no fundo estão inseridos em atividades como o comércio, serviços, indústria, logística e turismo. 

O fundo é de capitalização, ou seja, em vez de distribuir dividendos, retém-nos dentro do próprio fundo para possível reinvestimento e apenas pode ser subscrito através do Crédito Agrícola.

Para além disso, tem adotado um bom nível de gestão de liquidez, o que tem permitido fazer face ao cumprimento das suas obrigações. Desde a sua criação, nunca houveram resgates suspensos. Ao longo do tempo, o fundo tem conseguido manter um vacancy rate relativamente baixa. Ou seja, a percentagem de imóveis que não estão arrendados tem sido próxima dos 5%.

Quanto à rentabilidade líquida do fundo, a Square tem um gráfico de barras onde essa informação é apresentada de forma transparente:

Fonte: Square AM

Para mais informações, consulta o Documento de Informação Fundamental do fundo.

Se quiseres explorar mais detalhes acerca deste fundo, sugiro que vejas o meu vídeo de YouTube onde analiso detalhadamente o CA Património Crescente:

BPI Imofomento

Característica Descrição
Nome do fundo BPI IMOFOMENTO - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO ABERTO
Data de lançamento 01/05/1994
ISIN PTYSOAHM0001
Sociedade gestora BPI Gestão de Ativos - Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A.
Comissão de subscrição 1,50%
Comissão de gestão 1%
Comissão de resgate Até 2 anos: 2%
De 2 a 3 anos: 1,5%
De 3 a 4 anos: 1%
De 4 a 5 anos: 0,5%
Mais de 5 anos: 0%
Distribuição de rendimentos Distribuição semestral
Entidade comercializadora BPI

O fundo imobiliário BPI Imofomento é um fundo de investimento imobiliário português, gerido pelo BPI Gestão de Activos. É um fundo aberto, o que significa que os investidores podem subscrever ou resgatar unidades de participação de forma contínua.

A política de investimento visa a valorização do capital através da aquisição, gestão e venda de imóveis, com o objetivo de gerar rendimento e apreciação do valor dos ativos imobiliários, quer por via do arrendamento, quer pela valorização do valor de mercado.

O portfólio do fundo é composto principalmente por imóveis destinados a diferentes tipos de utilização como: Imóveis comerciais (escritórios, lojas, etc.), residenciais, logísticos e industriais.

O fundo procura uma diversificação geográfica e setorial, garantindo que os seus investimentos estejam distribuídos por diferentes áreas de Portugal e tipos de imóveis, minimizando assim o risco associado a mercados ou segmentos específicos.

Quanto à rentabilidade, podemos obter essa informação através da sua ficha comercial:

Para mais informações, consulta o Documento de Informação Fundamental do fundo.

Fundimo

Característica Descrição
Nome do fundo FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO ABERTO FUNDIMO
Data de lançamento 25/05/1987
ISIN PTYCXTHM0007
Sociedade gestora Caixa Gestão de Ativos, SGOIC, S.A.
Comissão de subscrição 1,5% < 20.000 UP, 0,0% > 20.000 UP
Comissão de gestão 0,80%
Comissão de resgate 2%
Distribuição de rendimentos Semestral
Entidade comercializadora Caixa Geral de Depósitos

O Fundimo visa proporcionar aos participantes acesso a uma carteira diversificada de imóveis, tanto em termos de segmentos como de geografias, com arrendatários de referência e yields atrativas.

O fundo investe predominantemente em imóveis comerciais, como escritórios (mais de 50% da carteira), logística e retalho, localizados principalmente em Portugal.

Os pedidos de resgate devem ser enviados até ao dia 26 do mês de março e o mesmo só acontece no dia 27 do mês de setembro do ano seguinte, sendo o pagamento efetuado no próprio dia. 

Quanto à rentabilidade, podemos obter essa informação através da sua ficha comercial:

Para mais informações, consulta o Documento de Informação Fundamental do fundo.

Valor Prime

Característica Descrição
Nome do fundo VALOR PRIME FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO ABERTO
Data de lançamento 14/04/1997
ISIN PTYDAGHM0008
Sociedade gestora Montepio Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A.
Comissão de subscrição 0%
Comissão de gestão 1,30%
Comissão de resgate 0,25%
Distribuição de rendimentos Trimestral
Entidade comercializadora Montepio Geral

O Fundo Valor Prime é um fundo de investimento imobiliário aberto de rendimento que tem uma carteira constituída maioritariamente por imóveis. Os imóveis que integram o ativo do fundo são destinados aos segmentos de escritórios, comércio, armazéns ou indústria, no espaço nacional, não podendo cada segmento, individualmente, ser superior a 50% do ativo total do fundo.

Durante os primeiros 12 meses, os investidores estão impedidos de fazer resgates. Após esse período, os pedidos de resgate ocorrem anualmente e com um pré-aviso de 6 meses, sendo considerados os pedidos solicitados até ao dia 15 de dezembro de cada ano, para processamento a 15 de junho do ano.

A informação quanto à rentabilidade é mais opaca. Ou seja, só conseguimos obter informação para alguns anos para trás apesar do mesmo existe desde 1997. De acordo com o último relatório anual (2023) e documentação mais recente, estas são as rentabilidades:

Para mais informações, consulta o Documento de Informação Fundamental do fundo.

VIP

Característica Descrição
Nome do fundo FUNDO VIP - VALORES E INVESTIMENTOS PREDIAIS, FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO ABERTO
Data de lançamento 26/11/1987
ISIN PTVIPAHM0005
Sociedade gestora Silvip - Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A.
Comissão de subscrição 1%
Comissão de gestão 1,40%
Comissão de resgate Até 3 anos: 1,5%
De 3 a 5 anos: 1,0%
De 5 a 10 anos: 0,50%
Mais de 10 anos: 0,25%
Distribuição de rendimentos Trimestral, mas oferece a opção de reinvestimento automático dos rendimentos distribuídos (se solicitado), sem aplicação de qualquer comissão
Entidade comercializadora Montepio Geral, ABANCA, Banco Carregosa, BPI

O Fundo VIP, criado em 1987, é um fundo imobiliário aberto de rendimento cujos ativos estão localizados essencialmente nos principais centros urbanos (com destaque para a área metropolitana de Lisboa) nas seguintes áreas: escritórios, armazéns, comércio, indústria, estabelecimentos de ensino, cultura, turismo, saúde e lazer. 

O objetivo de gestão visa a obtenção de uma rendibilidade global constituída pelos resultados de exploração dos ativos detidos e pela respetiva valorização. Está previsto o pagamento regular de dividendos, distribuído trimestralmente e creditado na conta dos investidores, mas podem optar por reinvestir esse montante no fundo.

Os investidores apenas podem pedir o resgate depois de decorridos 12 meses a contar da data da respetiva subscrição. Os pedidos de resgate solicitados com uma antecedência mínima de 6 meses (até 31 de dezembro do ano imediatamente anterior) são registados anualmente no dia 30 de Junho.

Ao contrário da generalidade destes fundos, o fundo VIP é mais transaparente na apresentação de informação. Segundo o seu site, a rentabilidade anual passada foi a seguinte:

Para mais informações, consulta o Documento de Informação Fundamental do fundo.

IMOFID

Característica Descrição
Nome do fundo FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO ABERTO IMOFID
Data de lançamento 21/12/1993
ISIN PTFDDAHM0004
Sociedade gestora Fidelidade - Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A.
Comissão de subscrição 0%: > €1 milhão; 1%: ≤ €1 milhão
Comissão de gestão 1%
Comissão de resgate Até 2 anos: 2%
De 2 a 3 anos: 1%
Mais de 3 anos: 0%
Distribuição de rendimentos Semestral
Entidade comercializadora Banco Invest, S.A.

O fundo IMOFID investe em imóveis localizados em Portugal e Espanha (Lisboa, Porto, Madrid e Barcelon., com uma estratégia de investimento a longo prazo, procurando proporcionar retornos estáveis aos seus investidores. 

O IMOFID investe nos setores imobiliários tradicionais, tais como escritórios, hotéis, retalho e logística.

Os resgates têm um pré-aviso anual e uma periodicidade de liquidação semestral.

De acordo com a sua ficha informativa, estas são as rentabilidades anuais:

Para mais informações, consulta o Documento de Informação Fundamental do fundo.

Imonegócios

Característica Descrição
Nome do fundo FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO ABERTO IMONEGÓCIOS
Data de lançamento 22/03/2000
ISIN PTYBPDHM0006
Sociedade gestora Imofundos - Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A.
Comissão de subscrição 0%
Comissão de gestão 1,30%
Comissão de resgate Até 2 anos: 0,25%
Mais de 2 anos: 0%
Distribuição de rendimentos Não distribuí (capitalização: reinveste no próprio fundo)
Entidade comercializadora Banco BIC Português, S.A.

O fundo de investimento imobiliário aberto Imonegócios realiza investimentos num conjunto diversificado de ativos no mercado imobiliário, predominantemente na área do comércio e serviços.

Segundo o seu último prospeto, a rentabilidade passada foi a seguinte:

Para mais informações, consulta o Documento de Informação Fundamental do fundo.

AF Portfólio Imobiliário

Característica Descrição
Nome do fundo AF PORTFÓLIO IMOBILIÁRIO - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO ABERTO
Data de lançamento 03/11/1991
ISIN PTYAIRHM0000
Sociedade gestora Interfundos - Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A.
Comissão de subscrição Até 100.000€: 2%
Entre 100.000€ e 250.000€: 1%
Entre 250.000€ e 500.000€: 0,50%
Mais de 500.000€: 0%
Comissão de gestão 1,15%
Comissão de resgate Até 1 ano: 5%
De 1 a 2 anos: 4%
De 2 a 3 anos: 3%
De 3 a 4 anos: 2%
De 4 a 5 anos: 1%
Mais de 5 anos: 0%
Distribuição de rendimentos Não distribuí (capitalização: reinveste no próprio fundo)
Entidade comercializadora Entidade comercializadora

O AF Portfólio Imobiliário é um fundo imobiliário aberto cujo objetivo é de realizar investimentos imobiliários, no espaço nacional, em imóveis arrendados. Esses imóveis pertencem aos setores dos serviços, comércio, habitação e terrenos.

De acordo com o seu prospeto, esta é a rentabilidade passada do fundo:

Para mais informações, consulta o Documento de Informação Fundamental do fundo.

Property Core Real Estate Fund

Característica Descrição
Nome do fundo PROPERTY CORE REAL ESTATE FUND - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO ABERTO
Data de lançamento 28/08/2020
ISIN PTSQUGHM0007
Sociedade gestora Square Asset Management, Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A.
Comissão de subscrição 0%
Comissão de gestão 1% (+ comissão variável: 10% da diferença entre a Taxa Euribor a 12 meses adicionada de 2% e a performance do Fundo)
Comissão de resgate Até 364 dias: 2%
De 365 a 1094 dias: 1%
Mais de 1095 dias: 0%
Distribuição de rendimentos Não distribuí (capitalização: reinveste no próprio fundo)
Entidade comercializadora Best e Novo Banco

O Property Core Real Estate Fund, tal como o CA Património Crescente, é gerido pela Square Asset Management. O objetivo do fundo é o investimento em imobiliário, que permita gerar rendimento através das rendas recebidas e também pela valorização dos imóveis ao longo do tempo.

Os imóveis detidos pelo fundo estão afetos a atividades ligadas ao comércio, serviços, indústria, logística e turismo, localizados maioritariamente em Espanha e Portugal.

Tem uma subscrição mínima de 100€ e é recomendado para um período mínimo de investimento de 3 anos.

É um fundo relativamente recente e apresenta as seguintes rentabilidades (website):

Para mais informações, consulta o Documento de Informação Fundamental do fundo.

Imopoupança

Característica Descrição
Nome do fundo FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO ABERTO IMOPOUPANÇA
Data de lançamento 16/07/2010
ISIN PTGFICHM0004
Sociedade gestora Fundiestamo - Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A.
Comissão de subscrição 1,5%
Comissão de gestão 1%
Comissão de resgate Até 2 anos: 2%
Entre 2 anos e 3 anos: 1,5%
Entre 3 anos e 4 anos: 1%
Entre 4 anos e 5 anos: 0,5%
Superior a 5 anos: 0%
Distribuição de rendimentos Anual
Entidade comercializadora BPI

O fundo Imopoupança é um fundo de investimento imobiliário gerido pela Fundiestamo - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.. O seu objetivo principal é a aquisição de imóveis destinados prioritariamente ao arrendamento ou a outras formas de exploração onerosa, sendo a maioria alocada ao Estado ou a outras entidades públicas, e o restante a entidades privadas.

No que toca ao carácter de diversificação, não se encontram definidas regras sobre a incidência dos investimentos imobiliários em áreas geográficas ou sectores económicos específicos.

Segundo o prospeto, esta tem sido a sua rentabilidade:

Para mais informações, consulta o Documento de Informação Fundamental do fundo.

Quais são as comissões existentes?

Existem várias comissões e encargos que estão associados aos fundos de investimento imobiliário em Portugal, de acordo com a APFIPP. Estes custos são necessários para cobrir as atividades de comercialização, gestão, depósito e outros serviços relacionados com a operação do fundo. Abaixo, explico cada uma dessas comissões de forma mais detalhada:

  1. Comissão de subscrição: Esta comissão é cobrada no momento em que o investidor subscreve (compra) novas unidades de participação do fundo. Baseia-se numa percentagem pré-fixada sobre o valor da subscrição.
  2. Comissão de resgate: Comissão cobrada quando o investidor decide resgatar (vender) as suas unidades de participação. É calculada com base numa percentagem sobre o valor patrimonial líquido das unidades de participação no momento do resgate.
  3. Comissão de gestão: Comissão paga pelo fundo à entidade gestora, destinada a cobrir as despesas e a remunerar os serviços de gestão. Pode ter duas componentes:
    1. Componente fixa: Uma percentagem pré-fixada sobre o valor patrimonial líquido do fundo.
    2. Componente variável: Calculada com base na valorização do património do fundo.
  4. Comissão de depósito: Comissão paga pelo fundo ao depositário, que é a entidade responsável pela custódia dos ativos do fundo. O seu cálculo é baseado numa percentagem pré-fixada sobre o valor patrimonial líquido do fundo.

Outros custos e encargos

Além das comissões acima referidas, existem outros custos diretamente associados à operação do fundo, tais como:

  • Honorários de peritos avaliadores: Pagos para a avaliação dos ativos do fundo;
  • Honorários de revisores oficiais de contas: Para a auditoria das contas do fundo;
  • Custas judiciais: Relacionadas com processos judiciais em que o fundo esteja envolvido;
  • Impostos e taxas sobre os ativos: Como os impostos sobre a propriedade ou outros custos fiscais;
  • Custos de mediação imobiliária: Relacionados com a compra, venda ou arrendamento de imóveis;
  • Custos de transação: Despesas associadas à compra e venda de ativos;
  • Despesas de conservação e exploração: Manutenção e gestão dos imóveis do fundo;
  • Seguros obrigatórios: Relacionados com a proteção dos ativos do fundo;
  • Comissões bancárias: Cobradas pelas instituições financeiras envolvidas na gestão do fundo;
  • Taxas de supervisão: Pagas à autoridade reguladora (CMVM) pela supervisão do fundo;
  • Custos de expediente: Relacionados com a administração e gestão do fundo, como convocatórias e publicações legais.

Estes custos são habitualmente descontados do valor do fundo e, naturalmente, impactam o rendimento final dos investidores.

Vantagens e desvantagens

Como em qualquer tipo de investimento, existem vantagens e desvantagens. Estas são aquelas que identificamos:

Vantagens do investimento em fundos imobiliários:

  1. Gestão profissional: Os fundos imobiliários são geridos por empresas especializadas (gestoras de fundos) que se ocupam da compra, venda e gestão dos imóveis. Isto significa que não tens de te preocupar com os detalhes do dia-a-dia, como manutenção ou questões legais;
  2. Acessibilidade: O volume de ativos sob gestão e o poder de negociação permitem o acesso a investimentos que, de outra forma, seriam inacessíveis para o investidor português;
  3. Diversificação: Se já tens um portfólio de ações ou outros investimentos, os fundos imobiliários são uma boa forma de diversificar. Eles permitem-te investir no setor imobiliário sem ter de comprar um imóvel diretamente, o que pode ser caro e difícil de gerir. Além disso, muitos fundos investem em diferentes tipos de imóveis (residenciais, comerciais, etc.), o que ajuda a reduzir o risco;
  4. Compra fracionada: Permite-te investir através de baixos montantes (1.000€, por exemplo), o que não aconteceria através do investimento direto em imobiliário;
  5. Geração de rendimento periódico: Alguns fundos imobiliários distribuem os rendimentos provenientes do arrendamento dos imóveis aos investidores, o que pode ser uma fonte de rendimento passivo regular. Isto é vantajoso para quem quer receber um rendimento constante, embora haja exceções, como os fundos de acumulação, que reinvestem os lucros no fundo.

Desvantagens do investimento em fundos imobiliários:

  1. Comissões elevadas: Os fundos imobiliários podem ter comissões elevadas, como a comissão de gestão, a de subscrição e a de resgate. Estas comissões podem impactar significativamenteo retorno do teu investimento;
  2. Falta de liquidez: Embora os fundos imobiliários sejam mais líquidos do que imóveis físicos, a liquidez pode ainda ser limitada. Ou seja, pode não ser fácil ou rápido resgatar o teu dinheiro, principalmente se o fundo tiver um período de pré-aviso de resgate. Também, em muitos casos nem é possível resgatar nos primeiros 12 meses após a subscrição. Por fim, o valor do resgate pode ser influenciado pelas condições do mercado e o valor dos imóveis no fundo.
  3. Falta de transparência: Em alguns fundos, é difícil obter informação sobre os mesmos, tais como a constituição da sua carteira como todos os custos associados.

Um artigo escrito por David Almas no Observador (datado de 2018, mas ainda atual) desenvolve as desvantagens aqui mencionadas.

Quem supervisiona os fundos imobiliários?

Em Portugal, os fundos imobiliários e as SGOIC são supervisionados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A CMVM é uma entidade pública independente responsável pela supervisão dos mercados financeiros e pela regulação dos produtos financeiros, incluindo os fundos de investimento imobiliário:

  • Regulação e supervisão: A CMVM garante que os fundos imobiliários operam de acordo com a legislação em vigor e as melhores práticas do mercado;
  • Monitorização da atividade: A CMVM acompanha a transparência, a divulgação de informações financeiras e o cumprimento das normas pelos fundos imobiliários.
  • Licenciamento: A CMVM é responsável pelo licenciamento das entidades gestoras de fundos e pela aprovação dos fundos imobiliários, garantindo que cumprem todas as condições legais para serem comercializados em Portugal.
  • Proteção dos investidores: A CMVM trabalha para garantir que os investidores tenham acesso a informações claras e precisas sobre os fundos e os seus riscos, promovendo a confiança no mercado.

Como subscrever e resgatar?

O investimento em fundos de investimento imobiliário é realizado através da aquisição de unidades de participação, o que implica o preenchimento do "Boletim de Subscrição" dirigido à entidade gestora. Este boletim está disponível nas agências das entidades comercializadoras, como bancos ou outros estabelecimentos autorizados para esse fim.

Antes de preencher o boletim, a sociedade gestora ou a entidade comercializadora tem a obrigação de fornecer ao investidor um conjunto de informações sobre o fundo, nomeadamente:

  • A ficha comercial;
  • O prospeto;
  • O documento de informações fundamentais ao investidor;
  • O regulamento de gestão.

O resgate das unidades de participação é realizado ao comunicar à entidade gestora a intenção de resgatar as unidades.

Tanto o resgate quanto a subscrição das unidades são realizados com base no valor das unidades de participação, que é calculado pela entidade gestora, conforme estipulado pela legislação.

Em suma

O investimento em fundos imobiliários em Portugal oferece uma alternativa atrativa e diversificada para quem deseja entrar no mercado imobiliário sem as complexidades associadas à compra direta de imóveis. 

Com os 10 maiores fundos destacados neste artigo, fica claro que o mercado oferece opções para diferentes perfis de investidores, desde aqueles que procuram rendimentos periódicos até os que preferem estratégias de capitalização.

Embora existam vantagens relevantes é fundamental considerar as comissões e a liquidez reduzida que alguns destes fundos apresentam. Além disso, a escolha do fundo certo deve ser pautada por uma análise cuidadosa da rentabilidade histórica, do tipo de imóveis no portfólio e da transparência das informações prestadas pela entidade gestora.

Como em qualquer investimento, é essencial compreender bem os riscos e alinhar a estratégia aos teus objetivos financeiros. Sê um investidor informado, e explora as opções disponíveis com um planeamento sólido e um horizonte de longo prazo.

Autor
O Franklin é licenciado em Economia e mestre em Finanças. Concluiu o nível II do CFA e conta com cerca de três anos de experiência em gestão de patrimónios, como analista de carteiras e fundos de investimento na Golden Wealth Management. Criou o canal de YouTube "Edge Over Hedge" sobre literacia financeira. É o nosso Warren Buffett português – embora mais jovem.